PORTO DA FIGUEIRA DA FOZ
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Desde 14 de Fevereiro que está disponível a plataforma lixomarinho.app, que serve para contabilizar o lixo marinho nas praias portuguesas. Promovida por investigadores do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), em parceria com a Associação Portuguesa do Lixo Marinho (APLM), a aplicação também está disponível no Facebook e instagram, refere a FCTUC.
Segundo a FCTUC, “esta plataforma permite a contagem simples e mapeamento de lixo marinho em praias da costa portuguesa, nomeadamente em eventos de limpeza dos areais, visando funcionar como observatório nacional de lixo marinho” e, apesar das diversas iniciativas de limpeza de praias nosso país, esta tem a vantagem de servir para “compilar de forma simples e organizada todos os dados que se estão a produzir, para que possamos informar outros actores da sociedade e decisores políticos sobre os níveis de poluição”, refere Filipa Bessa, investigadora do MARE e coordenadora da plataforma.
Segundo a investigadora, qualquer pessoa pode participar, «quer em tempo real na praia ou, mais tarde, através do registo no Site da plataforma, onde é possível efectuar as contagens das suas recolhas de lixo marinho», clarificando que existem dois tipos de contagens – uma simples e outra científica.
“A contagem simples, composta por 20 itens – representando os materiais e resíduos que mais se registam nas praias de Portugal –, indicará as tendências dos tipos de lixo ao longo do tempo”, e a “a contagem científica, dirigida a investigadores/técnicos especializados, inclui uma lista mais alargada de tipos de lixo marinho e poderá ser útil às entidades responsáveis pelas monitorizações nacionais e internacionais deste tipo de poluição”, esclarece a FCTUC.
A contagem por categorias permite “produzir uma plataforma alargada, de acesso livre de dados, sobre a ocorrência de lixo marinho na nossa costa”, tornando esses dados “disponíveis para todos os utilizadores registados de forma gratuita (cidadãos, organizações não governamentais, empresas, organizações estatais, nacionais, regionais e internacionais) que queiram colaborar connosco, contribuindo para a redução e mitigação do lixo marinho”, refere Filipa Bessa.