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PORTO DA FIGUEIRA DA FOZ

Porto da Figueira da Foz foi o que mais cresceu em 2016

27 OUT. 2017

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"Além de Sines, o único porto que registou um comportamento positivo foi o da Figueira da Foz, cujo volume de mercadorias excedeu em 3,9% o de 2015, recuperando parcialmente da quebra então observada", observa a AMT, em relatório divulgado no dia 27, e referente ao ano de 2016.


Os portos comerciais marítimos do continente movimentaram cerca de 88,1 milhões de toneladas de mercadorias em 2016, o que significa um acréscimo de 5% face ao ano anterior, anunciou esta sexta-feira a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT).

De acordo com o Relatório do Mercado Portuário da AMT sobre o ano passado, esta sexta-feira divulgado, para este desempenho "contribuíram decisivamente as mercadorias movimentadas sob a forma de granéis líquidos e carga contentorizada que, representando 39,8% e 30,9% [do total], registaram acréscimos de 7,2% e 15,5%, respetivamente".

Segundo aquela autoridade, para este aumento contou também o "apoio simbólico da mercadoria movimentada em 'roll-on/roll-off' [cargueiro para transporte de automóveis e outros veículos], que, com uma quota de 1,1% registou um crescimento de 14,9%".

Em sentido inverso, o volume de mercadorias em carga fracionada registou uma quebra de 16,6%, enquanto os granéis sólidos transportados tiveram uma redução de 3,5%.

Relativamente ao tipo de mercadorias que condicionou "de forma mais significativa este comportamento do sistema portuário", a AMT destaca o petróleo bruto, cujo volume global "representou 21,1% do total movimentado e registou uma variação [negativa] de 3,1 milhões de toneladas".

Para justificar tais mudanças, o organismo aponta a inatividade do Terminal Oceânico de Leixões durante seis meses para manutenção da monobóia em estaleiro, situação que levou a que "cerca de 1,7 milhões de toneladas desta matéria-prima [petróleo bruto] com destino a esse porto e transportada em navios de grande dimensão fossem descarregadas em Sines e posteriormente reembarcadas para Leixões, em navios de menor dimensão".

"Das outras mercadorias que, pelo volume movimentado, condicionaram o comportamento do sistema portuário, destacam-se os produtos petrolíferos, que representaram 16,4% e registaram um recuo de 2,4% face ao ano anterior, o coque, com uma quota de 6,5% registou também uma quebra de 4,8%, e os produtos da agricultura, que registaram uma quota de 5,1% e um acréscimo de 4,3%", assinala a AMT.

Aquele organismo fala também do "papel importante no desempenho do sistema portuário" da carga contentorizada, mas sem indicar valores, já que "é difícil referir a mercadoria mais relevante", devido ao facto de "o principal motor do seu crescimento resultar das operações de 'transhipment' [transbordo]", a maioria das quais não são identificadas.

A AMT aponta ainda o peso dos produtos alimentares, bebidas e tabaco e da madeira e cortiça, "que representam, no conjunto, cerca de 5,3% do volume total de mercadorias transportadas".

Especificando os portos, a autoridade destaca o de Sines, que movimentou 48 milhões de toneladas de mercadorias, o equivalente a uma quota de 54,6% face ao total e a um acréscimo de 16,6% face a 2015.

Seguem-se os portos de Leixões, com 19,2% do total (que registou uma quebra de 3,4%), e o de Lisboa, que representou 10,6% do total (menos 11,1% do que no ano anterior).

"Além de Sines, o único porto que registou um comportamento positivo foi o da Figueira da Foz, cujo volume de mercadorias excedeu em 3,9% o de 2015, recuperando parcialmente da quebra então observada", observa a AMT.

Quanto aos tipos de tráfego, o internacional teve um acréscimo de 0,7%, enquanto o nacional teve uma variação positiva de 43,9% relativamente a 2015, lê-se no relatório.

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